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deambulações pela net, palavras, imagens, sons, coisas estranhas... enfim, eu.
[história para o fonema d]
Era uma vez uma menina chamada Dália.
A Dália era uma menina muito curiosa e que estava sempre à procura de coisas para brincar.
Num dia de sol, ela estava a brincar no sótão quando encontrou, no fundo de uma mala cheia de pó um anel velho.
Ficou muito curiosa pois queria saber de quem era o anel.
Foi até à casa de banho e limpou muito bem o anel até ele ficar brilhantes como o Sol.
Depois pôs o anel no seu dedo.
De repente, o anel começou a brilhar muito. Brilhava tanto, que a Dália nem conseguia abrir os olhos!
Passados uns segundos a luz ficou mais fraquinha e a Dália abriu os olhos.
Para sua surpresa já não estava em sua casa mas estava por cima de um manto de nuvens. Olhou para os lados à procura de alguém mas não encontrou ninguém. Contudo, atrás de uma pequeno monte de nuvens viu umas pintas negras. Aproximou-se e encontros, enterrado nas nuvens, um dado gigante cheio de arranhões.
"Mas que estranho um dado tão grande por aqui; e ainda por cima cheio de arranhões!" - pensou a menina.
"Mesmo assim vou guardá-lo. Pode servir para alguma coisa."
Pegou no dado e meteu-o ao bolso.
Caminhou durante muito tempo até que viu ao longe uma árvore.
Quando chegou à beira da árvore viu que estava lá um gato a dormir.
Chamou pelo gato:
- Ó gato!! Acorda!
O gato abriu um olho e suspirou. Mas virou o focinho para o outro lado e voltou a dormir.
- Ó gato acorda! voltou a chamar a Dália.
O gato voltou lentamente o focinho e disse:
- Não falo com desconhecidos.
- Pois, tens razão. Desculpa. Nem me apresentei. - disse envergonhada a Dália.
- Sou a Dália. Estou perdida.
- E eu sou o gato Dodó. - respondeu o gato com um ar mais bem disposto.
- Gato Dodó, sabes que sítio é este?
- Claro que sei, eu moro aqui. Este é o país dos sonhos!
- E sabes como é que se vem para este país? - perguntou a Dália.
- É fácil, só tens de meter no dedo o anel mágico e pensar numa coisa boa.
A Dália olhou então para o anel que ela tinha no dedo e que ainda há pouco tempo havia encontrado no fundo da mala suja. Mas ao lembrar-se da mala que estava no sótão da sua casa, sentiu uma dorzinha a apertar no coração...
- E para voltar para casa? o que tenho de fazer? - perguntou a Dália que já estava a ficar com saudades da sua família e dos seus amigos.
- Bem, isso é mais difícil. Tens de me dar um brinquedo que eu gostava muito mas que perdi há muito tempo. Se o conseguires encontrar digo-te tudo o que quiseres.
- Mas eu não sei como é esse teu brinquedo... disse tristemente a Dália.
- É fácil, ouve:
"Dadá era o brinquedo
Que eu mais gostava.
Perdi-o nas nuvens
Enquanto lá brincava...
Tem a forma de um cubo
e está cheio de pintas.
Umas azuis, outras amarelas,
Mas todas boas tintas"
-Espera aí. Eu acho que encontrei o teu brinquedo quando vinha para aqui! - disse entusiasmada a Dália.
E tirou da bolsa o dado gigante com os arranhões.
Os olhos do gato brilharam quando viram o dado que ele tinha perdido há tanto tempo.
- Obrigado Dália, és muito fixe! Pede o que quiseres que eu dou-te.
E o gato Dodó saltou para o chão e pegou no seu dado e abraçou-o.
A Dália, ainda indecisa, perguntou:
- Sabes gato Dodó, eu queria ir para casa, mas também queria voltar aqui para brincar contigo e descobrir mais coisas fantásticas.
O gato Dodó levantou os olhos e disse calmamente:
- Não te preocupes, o que tu pedes é muito fácil de realizar. Para voltares para casa só tens de pegar no anel que tens no dedo e rodá-lo duas vezes no sentido contrário aos ponteiros do relógio. Depois, se quiseres voltar, só tens de pegar voltar nele, rodá-lo e pensar em coisas bonitas.
-Muito obrigado - disse a Dália contente por ter descoberto uma forma de voltar para casa.
E logo de seguida rodou o anel no seu dedo.
Uma luz branca envolveu-a e ela fechou os olhos para não ficar cega.
Quando abriu os olhos descobriu que já estava em casa, no sótão, sentada no chão.
- Será que tudo isto não passou de um sonho? – pensava a Dália.
Guardou o anel no bolso e desceu as escadas a correr. Estava na hora do lanche e já sentia um formigueiro no estômago.
Enquanto comia um pão com uma doce fatia de marmelada, levou a mão ao bolso e pensou:
- Logo à noite vou descobrir se tudo passou ou não de um sonho…