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deambulações pela net, palavras, imagens, sons, coisas estranhas... enfim, eu.
Apresentado a 30 de Julho de 2008 como o computador de baixo custo para as crianças do 1º Ciclo, o “Magalhães” é a variante portuguesa da segunda versão do Classmate PC da INTEL.
O design do computador é licenciado pela empresa americana e a montagem do mesmo é feita em Portugal pela JP Sá Couto.
Hardware
O "Magalhães" possui um Processador Intel Celeron M 900MHz. Apesar da velocidade de relógio bastante modesta, demorou cerca de 00:01:06 a carregar completamente o ambiente de trabalho "Magic Desktop" no Windows XP. Já no caso do Linux Caixa Mágica 12, o arranque completo do sistema operativo demorou 00:01:42. Os programas abrem com facilidade e é fácil ter uma série deles abertos simultaneamente tanto do Windoes como no Linux.
A memória RAM de 1 GB é partilhada com a Placa Gráfica (128 MB) e parece dar conta do recado, sendo suficiente para as aplicações disponíveis.
O Disco Rígido de 30 GB (10 GB para a partição Windows, 10 GB para a partição Linux e 10 GB para a partição de dados, partilhada entre o Windows e o Caixa Mágica) mostra-se suficiente. Aquando da sua utilização pela primeira vez o Windows identifica cerca de 80% da sua partição ocupada, tal situação é semelhante na partição Linux, embora esta contenha um espaço reservado para o sistema de recuperação do sistema operativo. Existe uma partição de 10 GB livre para dados, esta partição tanto é acessível no Windows como em Linux.
O ecrã de 9 polegadas é brilhante e com muito poucos reflexos, permitindo uma boa utilização ao ar livre e mesmo com muita luz. A resolução de 1024 por 600 pixéis parece ser a ideal para o tamanho do ecrã, contudo alguns adultos certamente irão achar os ícones e as letras muito pequenos.
A Webcam, montada no topo do ecrã, possui a resolução suficiente para produzir filmes com a resolução de 640 por 480 e o microfone tem uma sensibilidade aceitável, embora como a maioria dos microfones embutidos capte muitos ruídos de fundo. Além do microfone incorporado no computador também é possível ligar um microfone externo.
O Magalhães possui duas portas USB (uma de cada lado do teclado) que permitem ligar todo o tipo de componentes e acessórios. Além disso também traz um leitor de cartões SD que se encontra protegido por uma muito pouco prática borracha. Se o utilizador tiver o hábito de roer as unhas, como eu tenho, terá dificuldades em aceder a esta entrada.
As colunas de som são francamente más. O utilizador deverá estar muito próximo do computador e no caso de haver gravações com voz estas nem sempre são perceptíveis. Recomenda-se, nestes casos, a utilização de auscultadores.
O teclado é bastante "duro" e tem uma distribuição das teclas ligeiramente diferente do habitual. As teclas são pequenas: ideais para as crianças mas causadoras de "dores de cabeça" aos adultos. Como aspecto curioso há que referir que não existem as típicas teclas do Windows. De acordo com a INTEL, o teclado é à prova de água, mas eu não o testei. Também se diz que é resistente às quedas até um metro, mas para isso contamos com os testes "no terreno".
O Magalhães não possui drive óptica.
O acesso à rede pode ser feito através de uma placa de rede sem fios (RT73 USB Wireless LAN Card) e de Ethernet (Realtek RLT8139/810x Family Fast Ethernet NIC). A sensibilidade da placa de rede sem fios é óptima dentro da sala onde se encontra o emissor do sinal, contudo é bastante limitada se houver paredes entre o emissor e o computador, perdendo o sinal ao fim de 10 metros.
O Magalhães possui uma autonomia de cerca de 3 horas através de uma bateria amovível de 3 células. O cabo do transformador/carregador é bastante comprido o que ajudará a usar os computadores ligados à corrente na sala de aulas (escrevo-o por experiência própria, nas salas de aulas, cabos compridos fazem um jeitaço!).
Continua...